sexta-feira, 22 de novembro de 2013

0 Nota para a imprensa - Coalizão por um Brasil Livre de Usinas Nucleares

São Paulo, 10 de setembro de 2013

No dia 13 de setembro de 1987 ocorreu na cidade de Goiânia, no Brasil, um grave acidente radiológico, com grande difusão de radioatividade.

No 26º, aniversário dessa tragédia, 13 de setembro de 2013, 114 organizações da sociedade civil japonesa, 107 organizações brasileiras e 32 Prêmios Nobel Alternativo, solidarizando-se com suas vítimas, assim como com as vítimas dos atuais vazamentos de radioatividade da usina nuclear de Fukushima, divulgarão uma Declaração conjunta, contrária a um eventual acordo nuclear entre o Brasil e o Japão, por considerarem que a opção nuclear para gerar energia elétrica deve ser definitivamente abandonada.

Essa Declaração será entregue simultaneamente no Brasil e no Japão, nesta sexta feira 13 de setembro, juntamente com a lista completa dos seus signatários, aos Governos, Consulados e Embaixadas desses dois países.

Declaração:

Somos contrários ao acordo de tecnologia nuclear entre o Japão e o Brasil

Os jornais japoneses noticiaram que o governo japonês vai assinar um acordo com o governo brasileiro para preparar o caminho para a exportação de usinas nucleares japonesas para o Brasil.

Passados mais de dois anos do acidente nuclear de Fukushima, sua verdadeira causa permanece desconhecida, o que nos obriga a uma profunda revisão da tecnologia nuclear japonesa. Não é por outra razão que a opinião pública no Japão tem se mostrado contrária não somente à construção de novos reatores, mas também à reativação dos existentes.

As usinas de Fukushima ainda estão liberando radioatividade no meio ambiente e o governo japonês não consegue controlar essas contaminações. Assim, o Japão está causando sérios danos para o mundo.

Como o governo pode apoiar a construção de usinas nucleares fora do Japão em tal situação? Isto só pode ser entendido como uma maneira de dar uma saída para a indústria nuclear japonesa, impedida de construir novas usinas no seu país.

No Brasil, cresce o temor de acidentes em suas usinas nucleares de Angra dos Reis, localizadas entre as duas maiores cidades brasileiras, Rio de Janeiro e São Paulo. Ao mesmo tempo, cresce a pressão para que se passe a usar fontes de energia menos perigosas, para atender às necessidades do país em eletricidade.

Existem outras formas do Japão contribuir para a solução dos problemas de energia do Brasil e do mundo – por exemplo, pela cooperação em torno de energias renováveis.

As organizações da sociedade civil japonesa e brasileira, abaixo assinadas, são contrárias ao acordo anunciado, entre o Brasil e o Japão, em torno da tecnologia nuclear.

13 de setembro de 2013"

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